domingo, 25 de março de 2012


CAPITULO XIII – FESTA

Vidas secas uma obra de Graciliano Ramos, foi lançada em 1938, foi muito criticada por uma visão de todos, principalmente pelo governo da época (Getulio Vargas), pois mostra a realidade de como passava o nordestino com a pobreza, a fome e a seca.
O livro fala sobre uma família que vivia na seca do nordeste, com cinco integrantes, Fabiano, Sinhá Vitoria, o menino mais novo, o menino mais velho e a cachorra Baleia, que andavam e andavam atrás do objetivo de conseguir se estabilizar em um lugar que possam viver “bem”, no meio daquela seca terrível.
Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas.

O capitulo FESTA, retrata da festa de natal na cidade.
A família saiu de casa cedo para ir caminhando até o local, depois de caminhar bastante já perto da cidade, e incomodados com as roupas que não estavam acostumados a se vestir, Fabiano e principalmente Sinhá Vitoria, que estava de salto alto pararam em um rio e tiraram os sapatos para lavar os pés cansados.

Chegando há cidade foram direto para igreja, sendo vistos já como pessoas mal vestidas e nem um pouco elegantes, Fabiano intrigado com a situação estava convencido que todas as pessoas da cidade eram ruins. Resolvendo assim ir beber. Saindo do bar estava bravo e começou a fazer uma asneira na praça, desfiando quem quiser ser desafiado. Ninguém apareceu, mas ele gritou que todos eram uns frouxos, depois chamou há todos de uma cambada de cachorros, logo em seguida deitou-se na calçada em sonhos.

Sinhá Vitoria e os meninos já estavam meios sem jeito e a cachorrinha baleia havia desaparecido, sentaram se para esperar. Sinhá Vitoria pensava na seca e em tudo que passaram ate ali, Baleia voltou e se juntou há eles.
Os meninos observavam as lojas da cidade e Sinhá Vitoria via pelas barracas sua desejada cama de couro, uma cama de verdade ela pensava.
Enquanto isso Fabiano roncava e sonhava com os soldados amarelos que cometiam varias arbitrariedades em seus sonhos.

Percebe-se, que neste capitulo a obra foi feita para mostrar o que era a miséria do sertão naquela época, como as pessoas pobres se sentiam no meio inferior ao que viviam, pois os habitantes da cidade criticavam a família por não terem um comportamento adequado. Principalmente quem era autoridade, como o soldado amarelo, que ao invés de ajudar Fabiano, pisava-lhe em cima, fazendo com que, um homem de família venha se sentir humilhado, e querendo que o enfrente para ser levado há prisão, que até em seus sonhos esse soldado aparecia.
Numa festa de natal que os sertanejos poderiam comemorar com alegria, foi totalmente ao contrario, pois aquela família mal sabia se comportar em torno do meio, porque na verdade viviam “longe”, numa seca terrível mal sabiam o que era viver bem.

O que é praticamente uma coisa inacreditável, pois até hoje alguns nordestinos vive com essa situação de pobreza e miséria, com tantas coisas boas da vida, tem pessoas no sertão, na seca mesmo, que só pensam em ter o que comer, e até em pouco de água para matar a sede. Poupam até a fala para não se cansarem tão rápido, enquanto no nosso país tem alguns governos que falam muito, e fazem pouco por essas pessoas simples, que mal sabem se comunicar para impor os seus direitos.